quarta-feira, 23 de julho de 2008

Uma independência, novas liberdades!

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heróico o brado retumbante...”
Esses dois primeiros versos do nosso hino nacional já permitem uma breve reflexão não exatamente sobre o significado da independência do Brasil, simbolizada há mais de 180 anos, com grito da independência proclamado por D. Pedro I.
Algumas questões para nos ajudar a compreender aquele 7 de setembro de 1822: Quem, de fato, estava às margens do rio Ipiranga, naquele 7 de setembro? Será que o brado retumbante saiu mesmo das vozes do povo brasileiro da época? Quais os grupos sociais que estavam representados naquele ato?


Uma história crítica, aquela que contribui para a formação cidadã das pessoas, nos permite responder a tais questões, assim: 1º - O Brasil estava deixando ser colônia (ganhando uma certa liberdade para comerciar com outras nações, além de Portugal), 2º - A independência do Brasil não foi resultado do que aconteceu num único dia (o dia 7), e sim porque, a sociedade estava mudando, de maneira que, a proclamação da independência representava muito mais os interesses de grupos poderosos da época, como os grandes proprietários, a burguesia (comerciantes) ingleses e camadas médias das cidades. Onde estava o povo então? Ora, naquela época, os índices de analfabetismo eram enormes, somente aqueles que já estavam no poder tinham acesso à educação, na maioria dos casos, européia!
Por que então relembrarmos esta data? O 7 de setembro de 1822, aqui lembrado pode significar um momento para refletirmos sobre a nossa pátria, agora sim, como um povo, o povo brasileiro que após várias conquistas sociais (direito ao voto popular, derrubada de um regime militar opressor que perdurou durante várias décadas, conquistas de liberdade de expressão, direitos humanos, etc), caminha hoje, para o amadurecimento da democracia brasileira, democracia esta que, custou e ainda custa muitas vezes, “sangue, suor e lágrimas” de homens e mulheres brasileiras que de fato amam e contribuem para o crescimento desta nação. Amemos esta pátria, que de maneira inquestionável é sim “gigante pela própria natureza!” No entanto, não esperemos que apenas o “futuro espelhe essa grandeza”, construindo um presente, onde todos possam viver de maneira mais digna e humana, na pátria amada Brasil!


(Texto apresentado nas comemorações de 07 de Setembro, no Colégio Sagrado Coração de Maria- 2007 e publicado no jornal O Mossoroense)

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